quarta-feira, 29 de outubro de 2014

arrecadação O governo federal arrecadou R$90,722 bilhões em impostos e contribuições no mês passado, recorde para setembro e com alta real de 0,92% sobre um ano antes, resultado influenciado por receitas extraordinárias em meio ao cenário de atividade econômica fraca.
A maioria dos tributos federais mostrou arrecadação menor no mês passado em relação setembro de 2013, segundo a Receita
No ano até o mês passado, a arrecadaçãofederal somou R$862,510 bilhões, alta real –descontando a inflação– de 0,67% sobre igual período de 2013, informou a Receita Federal nesta quarta-feira, que já fala em crescimento inferior a 1% para 2014 todo.
O número de setembro veio um pouco abaixo do apontado em pesquisa Reuters com economistas, cuja mediana das expectativas era de que a arrecadação somaria R$92 bilhões no período.
Segundo a Receita, em setembro, a arrecadação foi influenciada pela receita extra de R$1,637 bilhão com o Refis, programa de parcelamento de débitos atrasados. Também pesaram os R$8,399 bilhões em desonerações fiscais, oriundas das diversas medidas adotadas pelo governo para tentar estimular a economia.
No ano, essas desonerações somaram R$75,690 bilhões até o mês passado, 35%ao mais do que a cifra em igual período de 2013.
Menos receitas com impostos
A maioria dos tributos federais mostrou arrecadação menor no mês passado em relação setembro de 2013, segundo a Receita. O destaque ficou para as quedas reais de 6,1% no Imposto sobre Importação; de 2,93% no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); de 3,3% na Cofins; e de 3,8% no recolhimento de PIS e Pasep.
Diante desse cenário, a Receita indicou nova redução em sua estimativa de crescimento da arrecadação para este ano, para menos de 1% se o cenário econômico atual for mantido.
Até então, a estimativa era de expansão real de 1% neste ano, a menor variação desde 2009, quando havia ficado em 0,11% e inferior ao crescimento de 4,08% vista em 2013.
A baixa arrecadação, juntamente com a expansão dos gastos públicos, já acabou com as chances de a meta de superávit primário deste ano –de R$99 bilhões, ou 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB)– ser cumprida, reforçando o quadro de deterioração dos indicadores da economia brasileira.
Em 12 meses encerrados em agosto, a economia do setor público para o pagamento dos juros da dívida pública foi de apenas 0,94% do PIB.
O país entrou em recessão técnica no semestre passado e não tem dado sinais de recuperação mais consistente, um dos maiores desafios que a presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) tem pela frente.
Fonte: Correio do Brasil

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